Despassarando...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

AS BEBEDEIRAS...

Pois foi… fui sair com os meus amigos... uma noitinha de borga com uns congéneres nossos, vida parecida, casa parecida, família parecida… aqueles casais que são tão parecidos connosco que ás vezes parecemos que nos estamos a ver ao espelho…

Fomos para perto de casa, mas não tão perto que não tivéssemos que levar o carro… e assim, e como fazemos sempre que vamos saír elegemos antecipadamente os condutores para que os outros se possam “divertir sem limites”… este pequeno gesto que fazemos sempre e como 5 casais levamos 2 carros…

Esta eleição é por ordem, tirámos á sorte na primeira saída e agora estamos a seguir uma ordem… e desta vez calhou-me a mim e á Branca a condução das nossas viaturas… e lá fomos os 10 para a “night”…

Começou logo a correr tudo bem com os “gajos” a esparvejar ainda mal tinham entrado nos carros por sermos nós, as mulheres, a conduzir, e depois quando entrámos no bar…

A noite estava animada e quente, a música boa, o ambiente sem fumo (felizmente) e tudo estava divertido, os maridos beberam uma ou duas cervejolas (ou mais, pronto), e foram dançar para o meio do bar, muito animados, as nossas amigas que não estavam “de serviço” seguiram-se-lhes e eu e a Branca ficámos a ver e a rir…

Nesse momento caí em mim… (é que eu estava a beber um monótono suminho de frutos vermelhos com um chapelinho… mas sem álcool) e pus-me a ver, com os meus olhos de mulher sóbria, as figuras que o meu marido, aquelas pessoas minhas amigas, e as outras pessoas que eu nunca conheci de lado nenhum estavam a fazer…

Deprimente... decadente e triste… e fiquei ali um bocado deprimida a ver o meu marido e os meus amigos aos saltos no meio de um bar que nem tem pista de dança e onde todos estavam felizes, vá-se lá saber porquê…

Eu e a Branca ficámos estupefactas, quando as nossas 3 amigas subiram para cima do balcão do bar a dançar e a tirar os casacos enquanto os maridos (os delas e os nossos) … uivavam e assobiavam… e eu e a Branca sentadinhas chupávamos da nossa palhinha de forma embaraçada os suminhos de frutos vermelhos com um chapelinho… e íamos repetindo “Eu não acredito…” ríamos nervosamente enquanto á volta do balcão os utentes e funcionários do bar aplaudiam e gritavam, o DJ colocou música de streap tease e de repente, o marido da Branca subiu para o balcão… depois o meu…

“Yoooohhhh… Meu, que é que estás a fazer???” – Levantei-me e cheguei junto ao balcão para o puxar para o chão… estava a ver que o homem se ía despir na frente daquela gente toda… de repente fui puxada, empurrada, obrigada a subir para cima do balcão SÓBRIA!!!

Santos deuses… oh pavor… oh horror… oh terror… nããããããõooooo… á minha frente, de ar alucinado estava o meu marido de ar estranho, sorriso maldoso e abanando as ancas de forma ousada; atrás de mim estava o marido da Branca a esfregar o rabiosque no meu e empurrando-me na direcção do meu marido; do lado direito estavam os funcionários do bar a gritar alegremente incentivando e montes de copos e garrafas, enfim… de vidros … do lado esquerdo a multidão esfomeada de braços no ar, olhares alucinados, gritos assustadores, querendo tocar-me… SOCORRO!!!

No meio do desespero saltei para o chão ainda a tempo e evitar que a pobre Branca fosse colocada em cima do balcão também… e juntas debatendo-nos com aquela gente alucinada pela voz do cantor, conseguimos fugir para um canto do bar, molhadas de álcool, despenteadas e com as roupas revoltadas… Parecia que tínhamos saído do meio de um furacão…

Desatámos ambas a rir histericamente com os nervos… em cima do balcão continuavam os nossos maridos e 2 das nossas amigas…

Resignadas, eu e a Branca sentámo-nos na mesinha, tentámos alhear-nos daquela loucura e conversando aos gritos lá conseguimos que a noite passasse (e foi longa) …

Quando saímos, tipicamente “á bêbado” as pessoas do nosso grupo (sem mim e a Branca) cantava alegremente, aos berros o “Encosta-te a Mim” agarrados uns aos outros cambaleando pela rua abaixo…

Eu e a Branca, afastámo-nos para que os transeuntes não pensassem que os conhecíamos…

Depois das “entregas” tive que tirar os sapatos e a roupa ao meu marido ele de voz entramelada mal conseguindo balbuciar fosse o que fosse continuava a cantar o “Encosta-te a mim”…

Eu fui para a cama a pensar para que é que os seres humanos bebem… que raio de figuras mais estúpidas que fazem… e aquilo aos olhos dos sóbrios é praticamente ofensivo… Ridículo, ESTÚPIDO…

A Branca vinha chocada…
JUNTAS DECIDIMOS NUNCA MAIS SAIR COM AQUELA GENTE PARA SITIOS ONDE HAJAM BEBIDAS ALCOOLICAS (Pelo menos enquanto nos lembrarmos desta saída).
Bêba da Costa & Branca

domingo, 17 de agosto de 2008

A CURVA (By Biscat)



No fim de um dia de trabalho, o Gilberto decidiu que fossêmos ver um larguito perto de nossa casa, empoleirado numa colina íngreme. Há anos que passamos por ali e nunca soubemos como era aquilo. Há anos, até sexta feira passada. O acesso faz-se por uma rua, ladeada por um muro, que a meio tem uma curva a 180º com inclinação muito acentuada.

Na subida, já a coisa não correu muito bem, mas o Gilberto acelerou e lá conseguiu subir a rua, curvando na zona mais inclinada da curva. Lá em cima não havia nada para ver, senão umas casas quase em ruínas e a curiosidade do Mini Jardim - um canteiro triangular em honra de João Lopes, o Velho. Podiam, em honra de João Lopes, o Velho, tratar do dito jardim que, sendo mini, não dá muito trabalho.

Fomos embora. Isto é, descemos até à curva, que o Gilberto decidiu fazer apertada sobre a parte mais inclinada. Qualquer mulher veria que deveria aproveitar fazer a curva um pouco mais à frente, onde há uma zona mais plana. Não, lá a fez na zona mais inclinada. E não conseguiu acabá-la: o carro ficou atravessado, a 10 cm do muro e o Gilberto conseguiu uma proeza ainda mais díficil: uma das rodas traseiras no ar. Depois de o Gilberto muito acelerar para fazer marcha atrás, tive de lhe explicar que o carro tem tracção traseira. Com um dos pneus traseiros no ar, não havia nada a fazer senão à força de braços. Não, eu não percebo nada disto!

Passaram lá em baixo três turistas italianos, que se juntaram a nós nos esforços de tirar dali o carro. Depois de gastar metade da embraiagem, dos travões e dos pneus (excepto aquele que estava no ar), lá se decidiram que o carro só sairia dali à força de braços. Dos italianos, havia uma mulher, que muito despachadamente chamou mais pessoas para ajudar. Mais turistas, que os locais estavam todos a ver a cena, atrás das janelas. Lá vieram mais três, holandeses, e lá puxámos o carro à força de braços. O carro voltou à posição que tinha antes de iniciar a curva e... não é que o Gilberto a ia fazer outra vez da mesma maneira!

Tirem daqui!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

FLAGRANTES DA VIDA REAL (By Coca)

SENSIBILIDADE... ... E bom senso ou a diferença de perspectiva evidente entre homens e mulheres...



"Se o mundo fosse governado pelas mulheres, era mais arrumadinho, limpo e estético"
(Bêba da Costa)





1. Há 2 semanas

Numa viagem de comboio para o Rossio, sentei-me ao lado de uma rapariga (já com cabelos brancos) que, à saída de Queluz, retirou da mala uma folhinha quadrada de papel de lustro (não sei se sabem o que é) côr-de-laranja.

Começou a fazer vincos na folhinha, marcações minuciosas e perfeitas, e depois dobragens, que não consegui ignorar.

Discretamente ía lançando o olhar para aquela tarefa, invejando a habilidade e pensando 'isto deve ser origami', mas sem conseguir perceber o q iria sair dali.

Depois de ter terminado, e guardado, o trabalho com a folhinha côr-de-laranja (à saída de Benfica), tirou da mala outra folhinha, desta vez verde pistachio, e dedicou-se a novos vincos e dobragens.

Quase no fim do túnel do Rossio, encaixou o q fez com a folha verde, no que tinha feito com a folha laranja.

O comboio chegou ao términus, o povo saiu todo (eu deixo-o sempre ir à frente, para não me stressar com os pastelões incivilizados que não sabem andar em escadas e passadeiras rolantes) e como a rapariga tambem ali ficou sentada, arrumando os seus 'tarecos', decidi meter conversa para a elogiar por aquele trabalho tão bonito e pouco visto (eu, era a 1ª vez que via alguém fazer). Ela agradeceu, sensibilizada, e saímos, cada uma para lados distintos do comboio.

Quando acabei de descer as escadas que dão acesso ao Metro, a rapariga estava à minha espera, com o 'trabalho' na mão estendida, para mim!!!!!

Fiquei sem jeito, disse que não queria, blá, blá,blá mas ela insistiu dizendo q tinha muitas coisas daquelas, pois fazia aquilo para se entreter nas viagens.

Feliz, vim todo o caminho com aquilo na mão e agora vive aqui em cima da minha secretária, bem em frente dos meus olhos. Fotos anexas :)

2. Na semana passada

Na 2ª feira fui almoçar às 'minhas' massas (no Saldanha Residence). No regresso, como estava muito calor, decidi vir de Metro.

Com o meu azar costumeiro, o dito abalou antes de eu conseguir descer os degraus todos. Como a espera ia ser longuita, sentei-me.

Passado pouco tempo chegou um rapaz - 18/25 anos - q se sentou na minha fiada de bancos deixando um lugar de intervalo.

Uns 30 segundos depois pergunta-me 'A senhora tem um lenço de papel que me dê?' - Eu achei espectacular um 'mecinho' tã novo ter um assomo de asseio daqueles e, afanosamente, procurei o pacote na mala.

Dei-lhe o lenço e voltei a atenção para a reposição do pacote na minha mala.

Quando acabei esssa tarefa olhei para o fulano e eis senão quando o vejo a LIMPAR OS SAPATOS com o lenço q tinha acabado de lhe dar...



É assim a vida... REAL...
COCA

quarta-feira, 23 de julho de 2008

CONVOCATÓRIA PARA MANIF - QUEREMOS CASAS NOVAS NOUTRO BAIRRO

Eu, Sushi Queimado, venho por este meio, em meu nome e das minhas amigas, Biscat, Coca, Marijoana, Branca, Buba e Beba da Costa apelar a todas as donas de casa despassaradas deste país o direito á manif, para que as entidades competentes deste país nomeadamente, as Câmaras Municipais ponham em marcha as nossas reivindicações e direitos de cidadãs contribuintes.

Como cidadãs, vimos exigir que a câmara municipal nos dê JÀ casas novas, uma vez que todas nós temos lamentáveis queixas da vizinhança, chegando mesmo até a não gostar de alguns dos vizinhos. Isto sem contar que já todas nós enviámos candidaturas para o “Querido Mudei a Casa” e nenhuma deles foi aceite…

Eu, Sushi Queimado, reclamo uma casa cujo prédio não tenha como inquilinos insectos rastejantes.

Ainda por cima a empresa de desparasitação da Câmara Municipal dá informações incorrectas ao telefone, num dos meus telefonemas para lá disseram-me para colocar “umas gotas pulverizador de insecticida de Escada na ombreira da porta”… andei a usar o meu perfume quase todo, e a situação manteve-se… só após o meu segundo telefonema percebi, pois disseram-me que não era para usar o perfume “Escada”… mas sim usar NA ESCADA, ACESSO Á MINHA PORTA um insecticida do supermercado próprio para insectos rastejantes… (a culpa desta confusão foi de uma da minhas queridas amigas que disse que o meu perfume “Escada” cheira a insecticida… daí eu ter pensado que o departamento de ambiente da câmara, pensava o mesmo…).

Mas não interessa… o que interessa é que existem insectos rastejantes no meu prédio e eu não gosto deste tipo de vizinhança, portanto, exijo uma casa nova sem este tipo de vizinhança…

A Biscat não gosta do vizinho de baixo que tem a varanda cheia de plantas e faz as regas para cima do portão da garagem. Ora, ela, quando passa com o carro pelo portão molha o carro todo… o que é uma enorme chatice para ela… portanto, a Biscat não gosta do vizinho de baixo e exige uma casa nova sem este tipo de vizinhança…

A Coca, não gosta do seu vizinho do rés-do-chão porque ele tem um terraço por baixo dos estendais para onde lhe caiem as molas da roupa, e ele fica com elas TODAS, não devolve nem uma… por isso a Coca não gosta do vizinho do rés-do-chão, e exige uma casa nova sem este tipo de vizinhança…

A Marijoana não gosta dos vizinhos do lado porque fazem muito barulho nos seus momentos íntimos pois a cama parece um trampolim… mesmo só usando este método de dia e ao fim-de-semana, a Marijoana não gosta dos vizinhos e exige uma casa nova sem este tipo de vizinhança…

A Branca apesar de viver numa vivenda sem vizinhança por muito perto, não gosta dos vizinhos da vivenda seguinte que fica a cerca de 250 metros porque eles têm a mania de saltar da última prancha da piscina e isso aflige muito a Branca, por isso ela não gosta deles e exige uma casa nova sem este tipo de vizinhança…

A Buba não gosta da vizinhança do prédio da frente, é uma igreja e ela é ateia… por isso a Buba exige uma casa nova sem este tipo de vizinhança…

A Beba da Costa não gosta dos vizinhos de cima porque não vivem lá, não gosta dos vizinhos do lado porque nunca estão em casa e não gosta dos vizinhos de baixo porque não os conhece, não gosta dos vizinhos do prédio das traseiras porque tem que olhar para as decorações horríveis das cozinhas e das salas (segundo ela, 4 prédios x 6 andares x 2 apartamentos dá um total de 48 cozinhas e 48 salas com falta de gosto… o cortinados então são do pior…) e não gosta do vizinhos da frente do prédio porque não tem… por este motivos todos, ela exige uma casa nova sem este tipo de vizinhança…

Para que as nossas exigências sejam respeitadas iremos todas num destes dias (temos que consultar antes o Instituto de Meteorologia e Geofísica para ver a previsão do estado do tempo) acampar á frente de uma Câmara Municipal que ainda não decidimos…

As nossas exigências incluem a aprovação de um projecto arquitectónico da nossa autoria por parte do presidente da autarquia e consiste num bairro de condomínio fechado com um prédio com 7 apartamentos, com escola, acessos directos, comercio e serviços.

Fica no entanto em suspenso, a exigência de nos mudarmos, caso a vizinhança não nos agrade.

MANIFE
DOMINGO… DOMINGO, NÃO… SÁBADO, DE MANHÃ… DE MANHÃ NÃO… É PARA ARRUMAR… SÁBADO AO ENTARDECER (ESTÁ MENOS CALOR)
FRENTE Á CAMARA MUNICIPAL (DEPOIS MANDO UM SMS AVISAR QUAL)

O Arraial...

-----Original Message-----
From: Beba da Costa
Sent: terça-feira, 22 de Julho de 2008 12:49
To: Coca; Biscat; Marijoana; Branca; Buba
Subject: O Arraial.


Queridas amigas,


Pois é, já há muito tempo que não dizemos nada… sim, vocês nunca têm assim nada para dizer, mas a minha vida, como vocês sabem é cheia de aventuras… nem sei porquê… mas as coisas parece que vêm ter comigo…

Estou de férias á descoberta do belo Norte de Portugal… no meio do campo, dos montes, dos emigrantes em França e dos “arraiais”…

Pois… estive no arraial de uma aldeia típica do Norte de Portugal… agora sem foguetes… para tristeza dos nativos e dos visitantes… mas eu e o Pascoal como nunca tínhamos visto aquilo na vida pareceu-nos tudo muito interessante…

Ficámos na casa de umas pessoas emigrantes em França… bem… depois de almoçar desde as 12H até ás 16H; Lanchar das 16H até ás 19H e jantar das 19H até ás 21H, nós e os nossos orgulhosos cicerones lá fomos para o ARRAIAL…

Por um momento pensei que íamos assistir a um combate, luta ou isso… mas ali um “Arraial” não é de porrada, achei estranho, as pessoas estavam a ouvir música popular, folclore e a cantar… o mais emocionante foi um grupo de Maximinianas (lembram-se do Herman José, no tempo em que ele tinha piada?) … Bolas que se deviam ouvir a 3 ou 4 quilómetros de distancia… a senhoras colocavam a voz num ponto estranho perto de esganiçado que até fizeram o Pascoal dar um salto e dizer o palavrão do “F” (que termina “SSSSS”)… impressionante!!! E não era uma eram várias…Queridas amigas, acreditam que as pessoas que estavam a assistir pareciam estar a gostar daquilo???

Mais tarde nessa noite, depois de ter bebido um copo de vinho verde, outro de vinho, tinto, palheto, branco, descobri que estavam todos muito felizes porque nessa tarde enquanto lanchávamos tinham tirado da igreja local, que é do tamanho da minha sala de jantar, a Santa Catarina…

Lembrei-me logo de uma Catarina que andou com o Pascoal antes de mim e que era tudo menos santa… quando me disseram que o arraial era em honra de Santa Catarina, e eu disse a verdade acerca da pessoa em causa deixei todos bastante constrangidos… ficaram assim porque não conheceram… bem… mas tiraram-na para dar uma voltinha pela localidade… afinal tem que arejar…

A “Santa” Catarina, já estava recolhida na sua casinha, depois de ter andado ás costas dos homens da terra (Típico!!!) e agora que o pessoal estava todo a beber para esquecer aquela estupidez anual… as maximinianas aproveitavam para os castigar os homens da terra por andarem com a “Santa” Catarina ás costa e não com elas, coitadas… Bem… e neste sentido, depois de meditar em cima do assunto enquanto emborcava mais um copinho de vinho verde fresquinho, verifiquei que elas estavam no direito delas de berrarem daquela maneira aos ouvidos do homens… da próxima vez, ao lembrarem-se deste episódio e deixariam a “Santa” Catarina dentro da igreja…
Finalmente a maximinianas calaram-se e todos aplaudirem como loucos (menos eu e o Pascoal) depois percebi que os homens gritavam “bis”… fiquei estupefacta … mais um pouco e ouvíamos aquele “olé-olé-olé-olá” , cântico que ouvi no concerto do U2, Rolling Stones e Xutos & Pontapés como forma de pedido de mais uma música… Felizmente, as maximinianas estavam cansadas de berrar e não fizeram “Bis”… OH!!! Alivio!!

De seguida entra um acordeonista e um “tocador de bilha”…

Depois de cantarem alegremente um canção em que a população possessa gritava em plenos pulmões no refrão que “o bacalhau Ca#&lho” (sim, sim o palavrão com as letras toda legíveis), passei de chocada a aliviada (e senti-me um bocado estúpida) por não ter percebido que afinal o pessoal estava a berrar que “o bacalhau quer alho”… eu jurava que a avó dos meus anfitriões, que deve ter uns 150 anos, estava a berrar o palavrão… mas…

Depois descobri que estava tonta… Claro que os berros da Maximinianas e do tocador de bilha também ajudaram, mas o que foi mesmo foi o vinho do porto, do douro, do Tio Hermano, Sr François, do marido da Maximiniana Maria… dos gritos da Avó Maximiniana Gertrudes… enfim, não seria de estranhar...

Mas embebidos (literalmente) do espirito do "arraial", dançámos ao som de todas a canções de palavrões da música popular portuguesa e até o raiar da aurora… bem… esta parte não sei, porque não me lembro bem…
Beijos, minha amigas…
Até Breve,
Beba da Costa

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O MARIDÃO DA CABRA...

-----Original Message-----
From: Coca
Sent: quarta-feira, 16 de Janeiro de 2008 00:12
To: Sushi; Biscat; Marijoana; Branca; Buba; Beba da Costa
Subject: O maridão da Cabra...

Olá meninas,

Quando se anda de transportes públicos (como é o meu caso que tenho o comboio desde a porta de casa até á porta do escritório) por vezes assiste-se a coisas bem diferentes.

Há dias vinha eu sentada ao lado de um rapaz jovem e frente a nós estava uma mãe de ar descontraído e meigo com o filho, um rapazinho que aparentava 5/6 anos, só com um dente da frente, de ar atrevido e muito falador, conversava alegremente com a mãe que de forma muito pedagógica e calma ía também falando com ele.

A certa altura o telemóvel do jovem ao meu lado tocou a música da “Missão Impossível” e ele atendeu, o rapazinho em frente calou-se, numa atitude que considerei de educação, para que o jovem pudesse ouvir o que lhe estavam a dizer do outro lado da linha.

O jovem começou a levantar a voz, dando ideia que a conversa que lhe estavam a apresentar não era do seu agrado e proferiu a seguinte frase: “Esse tipo é um cabr$#!!!”…

O miúdo olhou-o muito insistentemente e de forma muito curiosa… depois do jovem ter desligado a chamada o rapazinho perguntou á mãe:
- “Mãe!!! O que é um cabr$#???”…

Houve um segundo de constrangimento em que não sei como é que não me desatei a rir histericamente… e em que o jovem se apercebeu que estava ali uma criança…

De seguida com a maneira calma e pedagógica com que vinha a conversar com o filho antes da chamada telefónica do jovem a mãe respondeu:
-“ Não sei, filho… mas olha, pergunta ali àquele senhor que ele é que disse isso, portanto deve saber o que é…”

O ar curioso da criança á espera da explicação contrastou com o ar atrapalhado do jovem que apenas disse “que é uma coisa muito feia que não se deve dizer”… e o miúdo baralhado: “Então mas porque é que disse?”…

Resposta: “Se calhar é porque sou parvo…”

Pois… se calhar é, porque não tinha a noção de respeito pelas pessoas á volta… Parece-me que aquela criança ensinou algo àquele jovem… não vos parece.

Era só para partilhar.

Beijos
Coca

Quando o Esquentador está com Gases...

-----Original Message-----
From: Sushi Queimado
Sent: terça-feira, 15 de Janeiro de 2008 10:12
To: Coca; Biscat; Marijoana; Branca; Buba; Beba da Costa
Subject: Quando o Esquentador está com Gases...

Bom Dia Meninas!!!


Ou melhor…dia assim-assim!!!


Que dizer quando o teu esquentador decide ter gases?!


Que fazer quando ele decide que “não”, “não senhor”, estou mal disposto e agora já não me apetece trabalhar! Ou melhor, aquecer?!


Que insultos lhe dirigir, quando a coisa decide ter vontade própria e deixa de fazer o que lhe compete…na segunda metade do nosso banho?! Tipo assim às 07h00 da manhã, num dia de Inverno?!


Pois é, aconteceu…comigo…hoje de manhã.


Que sensação fantástica esta… estarmos com shampoo no cabelo, naquela fase em que ele está a actuar, com o corpinho cheio daquela espuma cheirosa do banho, que acabamos de passar com uma esponja fofa e…eis que chega o momento glorioso de abrir de novo a torneira da água quente e… nada de calor... nada de água quentinha que nos tira o shampoo e a espuma e nos faz sentir de novo limpos, lindos e cheirosos!


Que nome se pode dar aquela figura que fazemos com a toalha do banho enrolada, o corpo cheio de espuma, o cabelo a pingar pela cara e pelos ombros, o andar saltitante até ao dito esquentador e concluir que sim…ele não trabalha…que não…o gás não passa…que bolas…temos de por água a aquecer no fogão, esperar a tiritar que água se decida aquecer e…finalmente…o banho à moda antiga…a bacia dentro da banheira…a tigela de plástico a fazer de chuveiro…o toque final no cabelo?!…


E tudo volta ao normal!


Beijos
Sushi Queimado