Despassarando...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

CHAMEM A POLÍCIA!

Querer ajudar as pessoas e ser boazinha não é de todo normal nos dias de hoje. Por isso, me considero uma ave rara. É que já é raro encontrar pessoas que são nossas amigas sem segundas intenções, especialmente quando nós somos mulheres e os amigos são homens; especialmente quando os homens não sabem aceitar um "NÃO". Aves mais raras ainda, são os homens que conseguem ser amigos de mulheres sem as quererem colocar na posição horizontal (ou noutras mais rebuscadas, consoante a imaginação de cada um).

A descrição que se segue parece saída de um daqueles documentários americanos de detenções da polícia, mas foi uma situação real que se passou comigo. Após (mais) um "não" que não foi bem aceite por um "pressuposto" amigo, seguiu-se uma chuva de mensagens lamentáveis e telefonemas absurdos da parte do já referido pressuposto amigo alcoolicamente alterado, com direito a perseguição do meu “carrinho-de-bebé”, a ter batido no meu precioso carrinho-de-bebé e a se ter introduzido à força no interior da garagem colectiva do meu prédio.

Perante esta situação, ameaças à minha integridade física e moral, de me ter impedido de entrar no elevador ou subir as escadas na tentativa de fugir ao agressor, lá consegui chamar a polícia.

O prossuposto amigo pôs-se a monte, mas pouco depois da chegada dos agentes da autoridade, resolveu surgir como se não tivesse cometido mal algum, embora continuando a querer agredir-me física e moralmente. À medida que ele se aproximava, eu ía-me colocando por detrás dos 3 agentes, que o tentaram acalmar. Mas em vez de se acalmar, ficou ainda mais alterado e começou a bater nos agentes da autoridade. Não queria acreditar que 3 agentes não chegavam para controlar aquele homem descontrolado, e pouco depois, vejo um dos agentes a pontapear por três vezes a cabeça do agressor.

Escusado será dizer que fiquei em estado de choque perante a situação que presenciava. Óbvio que me senti ameaçada. Óbvio que ele não tinha o direito que fazer o que me fez. Óbvio que ele tinha de perceber que não se faz isto a ninguém, não se bate na autoridade e tinha de ser castigado. Mas será óbvio que a força policial não poderia ter resolvido a situação sem recorrer a tanta violência?

A extremamente stressada,
MARIJOANA